O presidente da Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona Histórica de Faro, Davide Alpestana, afirmou que “o Natal é um dos momentos mais importantes para o comércio local, ao qual se juntam saldos no início de 2023”, mas os resultados não estão a acompanhar as perspetivas iniciais que os comerciantes tinham para este ano.
Entre as causas prováveis desta menor procura do comércio local, estão a crise económica e o aumento dos preços provocado pela crise energética causada pela guerra da Ucrânia, que tem feito subir a inflação e as taxas de juro, com efeito no rendimento disponível das famílias, justificou um comerciante.
“As expetativas à partida seriam positivas, no caso do comércio da baixa de Faro, desde logo porque existe uma crescente diversificação da oferta comercial, e porque existe um aumento da qualidade da oferta”, acrescentou a mesma fonte, frisando que, “no entanto, e comparando com os últimos anos, as vendas até agora estão significativamente aquém do esperado”.
O presidente da associação que representa 70 comerciantes do centro histórico da capital algarvia considerou que a cidade “começou a trabalhar melhor a questão do turismo” e conta, na zona histórica, com novas unidades hoteleiras, dispondo agora de uma oferta “mais qualificada”.
Contudo, as “razões conjunturais relacionadas com a diminuição do poder de compra” estão a frustrar as expectativas iniciais dos donos de espaços comerciais no centro da cidade.