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2025/07/08

Galeria TREM expõe "Continuar a (re)descobrir Teresa Sousa (1928-1962)

Concelho

A mostra estará patente ao público na Galeria Municipal TREM – Manuel Baptista, em Faro, até 11 de outubro.

A exposição “Continuar a (Re)descobrir Teresa Sousa (1928-1962”) inaugura, no dia 12 de julho, pelas 16h00, na Galeria TREM – Manuel Baptista, em Faro. A mostra retoma a redescoberta desta artista e da sua obra iniciada em 2022, com a exposição de gravura na Biblioteca Nacional de Portugal. A exposição, uma retrospetiva antológica, apresenta também trabalhos de desenho e de pintura, alguns não expostos há mais de 60 anos, uma tapeçaria e revela obras nunca apresentadas ao público.

Promovida pelo Museu Municipal de Faro (MMF), tem entrada livre e estará patente até 11 de outubro, de terça a sexta, das 11h30 às 18h00 e aos sábados, das 10h30 às 17h00.Teresa Sousa nasceu em Lisboa, em dezembro de 1928. Após os estudos liceais, iniciou, em 1947, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL), o Curso Superior de Pintura, que concluiu em 1954, com “informação final de 20 valores”.

Apesar de se ter distinguido como gravadora e de ter sido uma pioneira da gravura moderna em Portugal, com participação frequente em exposições da sua atividade artística, no país e no estrangeiro, Teresa Sousa é, ainda hoje, um nome pouco conhecido no panorama das artes plásticas em Portugal.

Ao tempo em que desenvolveu a sua atividade como artista plástica, de 1955 a 1961, Teresa Sousa foi bastante prolífica, reconhecida e premiada, mas a morte prematura, em janeiro de 1962, com apenas 33 anos, interrompeu uma carreira que se augurava promissora.

Os poucos elementos informativos sobre a artista, que se encontram na literatura da especialidade, estão maioritariamente relacionados com o prémio de gravura que lhe foi atribuído na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957), com a Galeria Pórtico, da qual foi fundadora e dinamizadora e como artista gravadora nos primeiros anos da Gravura - Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses.

A obra plástica de Teresa Sousa encontra um lugar próprio no modo como o seu tempo de produção, breve e subitamente interrompido, mas intenso, concentrou as encruzilhadas, que moviam na data os desígnios da arte portuguesa. Num curto tempo evoluiu de uma estilização modernista (assumida na síntese e concisão dos traços e dos planos de cor), experimentou a abstração (questão necessária à consciência vanguardista do tempo, mesmo que numa passagem de experiência plástica e atualização artística) e lançou-se, ainda, na abordagem de novas situações figurativas.

A curadoria desta mostra procura dar continuidade ao roteiro de exposições que, desde 2022, têm ajudado a (re)descobrir Teresa Sousa. Nesta passagem por Faro, utiliza o espaço quadrangular envolvente da galeria TREM – Manuel Baptista, dispondo um contínuo da evolução da obra gráfica da artista, enquanto se estabelecem relações com obras de desenho e pintura, colocadas numa estrutura em cruz (com especial significado para uma artista profundamente crente), que organiza o espaço em quatro momentos:
 

A fase escolar (1947-1955) onde, em convívio pessoal e estético com colegas como René Bertholo, Gonçalo Duarte, Lourdes Castro, José Escada, (os dois últimos, futuros fundadores do famoso Grupo KWY e com os quais fundaria a Galeria Pórtico), procurava já uma modernidade na estilização figurativa;

O “Período Paris” (1956), onde, com apoio de Vieira da Silva, frequentou o famoso Atelier 17, de gravura, orientado por Stanley Hayter, cuja abertura experimental conduzida por este mestre lhe permitiu uma rápida aprendizagem técnica e estética;

A fase profissional (1957-1961), em que continua a experimentação na gravura e com esta desafia a pintura, desenvolvendo uma atualizada estética ambígua semi figurativa e para-abstrata de complexos imbricamentos dos elementos;

E a Interrupção (1962), que nos situa na sua última fase, entre um recente reconhecimento artístico e uma exploração que adequava as anteriores experimentações a renovações figurativas, em retoma atenta da temática religiosa. Mas tanto este reconhecimento, como esta pesquisa artística, foram abruptamente interrompidos.

 

Fonte/Foto: CM Faro

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