A secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, visitou, na passada quarta-feira, um conjunto de estruturas ligadas a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho de Faro, nomeadamente respostas assistenciais a pessoas em situação de sem-abrigo ou emergência social ou dirigidas a pessoas com deficiência ou incapacidade.
No âmbito da visita, que teve início no Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) do MAPS, localizado no Patacão, esta representante do Governo reconheceu que aquele equipamento “é um exemplo que deve ser replicado” noutros locais. Atualmente, só existem dois em todo o País – um em Braga, outro em Faro.
“O sucesso desta resposta resulta desta articulação entre as várias instituições, nomeadamente com o Município”, considerou a Secretária de Estado, após a visita ao CAES, adiantando que “estas estruturas serão implementadas, em primeira instância, nas zonas em que se manifeste maior necessidade”.
Inaugurado a 7 de setembro de 2022, em edifícios pertencentes à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algave, o CAES funciona, desde essa data, como alojamento temporário para pessoas em situação de emergência. Com capacidade atual para 45 camas, e protocolos com a Segurança Social e o Município de Faro – que, além de um investimento inicial de cerca de 180 mil euros, garante igualmente o pagamento de uma renda pelo espaço -, o CAES já recebeu, até ao momento, 232 pessoas, tendo sido apoiadas pelas suas equipas um total de 379.Também Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara Municipal de Faro, realçou a colaboração da Autarquia com as várias IPSS do concelho, em particular com o MAPS no caso do CAES, do qual é parceiro “desde o primeiro dia”, uma vez que se trata de um “projeto prioritário”.
“Esta é uma resposta social q não é do Município nem do MAPS, e por isso, não faz sentido o Município ter de estar a pagar à Administração Central para ocupar este espaço para garantir uma resposta social com esta relevância”, declarou ainda o autarca, que disse ter esperança de poder vir a resolver essa questão através da transferência de competências de gestão do património imobiliário público para os Município.
Numa visita que pretendeu assinalar o reconhecimento da intervenção social que se faz no concelho, a secretária de Estado da Ação Social visitou, de seguida, um apartamento partilhado do G.A.TO. – Grupo de Ajuda a Toxicodependentes.
Da parte da tarde, a governante visitou a AIPAR – Associação de Proteção à Rapariga e à Família e a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro, tomando conhecimento com a realidade do concelho, em particular daqueles que trabalham em prol de quem vive em situação de vulnerabilidade.
Fonte/Foto: CM Faro