Os social-democratas defendem que uma vez que o projeto do novo hospital do Algarve, voltou, por decisão da ministra da Saúde, à estaca zero, para ser reavaliado e atualizado, este será o momento indicado para se decidir a área onde o equipamento deverá ser construído.
O PSD recorda em comunicado que, em 2003, foi celebrado um Acordo Estratégico de Colaboração para o lançamento do novo Hospital do Algarve a localizar no Parque das Cidades Faro/Loulé, entre o Ministério da Saúde representado pela Administração Regional de Saúde do Algarve e as Câmaras Municipais de Faro e Loulé (12 de março de 2003). A expectativa, na altura, era que nesse local nascesse uma nova centralidade regional. "Uma centralidade não apenas geográfica, mas urbana, de serviços vários, de transportes, a qual congregasse população para as zonas adjacentes e perfizesse um contínuo entre Faro - Parque das Cidades - Loulé. Passados quase 20 anos isso não aconteceu!", constata o partido.
Devido a essa circunstância, o PSD defende que deve ser reapreciada a decisão de instalação do equipamento de saúde, "uma vez que o processo está a ser reiniciado, já que o anterior, que incluía essa escolha foi revogado, por despacho da ministra da Saúde, no final do mês de setembro".
O despacho revogatório refere que, tendo em conta o tempo que já havia passado, ser “necessário rever, efetivamente, o programa funcional anexo ao caderno de encargos, por forma a adequá-lo ao estado de arte em matéria de prestação de cuidados hospitalares, nomeadamente em matéria da evolução clínica e tecnológica”.
Neste sentido, os social-democratas entendem que a sua localização seja em Faro, "cidade que deve manter este importante equipamento regional".
Para Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro e o 1º subscritor desta moção, “Faro é a capital do Algarve, a cidade mais populosa da região e é uma cidade, que desde o tempo do Rei D. João III, foi pensada para servir e apoiar a região. Faro para além de ser a cidade de todos os farenses é a cidade de todos os algarvios! Não fazendo qualquer sentido retirar da capital de distrito, um equipamento fundamental, de estratégia e relevância regional.”
“A este facto, acrescenta-se as graves consequências sociais e económicas que podem advir com a retirada do Hospital da cidade de Faro, um equipamento que representa perto de cinco mil postos de trabalho e em momento algum esta matéria pode ser negligenciada para a estratégia de funcionamento, de competitividade e vitalidade da cidade”.